É sempre muito importante para as mulheres que planejam engravidar dosar, previamente, os hormônios tireoidianos. Isso porque eles têm um papel importantíssimo na formação neurológica do bebê nas primeiras semanas no útero. Desse modo, no decorrer da gestação, os hormônios tireoidianos sofrem influência direta dos hormônios produzidos pela placenta. Por isso, é interessante ter um acompanhamento destes hormônios logo no início da gravidez.
As doenças da tireoide na mãe podem levar ao aumento da pressão arterial, do risco de aborto e de parto prematuro caso a doença não estiver controlada.
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Vamos listar os três problemas mais importantes:
Hipotireoidismo na gestação
Caso a paciente apresente hipotireoidismo prévio à gestação, assim que houver planejamento da gravidez é necessário procurar a opinião do endocrinologista para ajuste de dose. E, assim que descobrir a gestação, também é necessária a opinião do endocrinologista para ajuste de dosagem. Isso porque os hormônios produzidos na placenta influenciam a ação dos hormônios tireoidianos.
No primeiro trimestre, o TSH deve estar menor do que 2.5 mUI/l e, no segundo e terceiro trimestre, menor do que 3.0 mUI/l.
Hipertireoidismo e gestação
Caso a paciente com diagnóstico de hipertireoidismo tenha o desejo de gestar é de fundamental importância avisar ao endocrinologista. Isso porque a radioiodoterapia deve ser evitada nas pacientes com intenção de engravidar em um período inferior a 6 meses. Além disso, nas pacientes em uso de drogas antitireoidianas é necessário avisar assim que a gestação ocorrer para ajuste de dose ou mesmo troca da medicação.
O hipertireoidismo gestacional mal controlado pode trazer consequências para a mãe e para o bebê, tais como hipertensão.
IMPORTANTE: mulheres grávidas ou que pretendam engravidar em um prazo inferior a 6-12 meses, ou lactentes, não devem receber iodo radioativo.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
