Endometriose

endometriose

Endometriose é uma doença na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras áreas do corpo. Dessa forma, pode afetar outros órgãos como, por exemplo, ovários, trompas, intestino, reto, peritônio e bexiga. É uma doença eminentemente inflamatória.

 

A doença atinge, sobretudo, mulheres entre 25 e 35 anos, embora possa se manifestar em qualquer idade. Os principais sintomas são dores no baixo abdômen, cólicas, diarreia, fadiga, dor durante as relações sexuais, dor ao evacuar e infertilidade.

 

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A causa ainda não esta muito bem elucidada, mas uma das teorias é a do sangramento retrogrado, disseminação hematogênica ou até teoria imunogênica.

 

A endometriose é subdividida em mínima, leve, moderada, severa e endometriose profunda ou infiltrativa.

 

Portanto, o tratamento varia conforme o caso e depende de fatores como, por exemplo, grau, sintomatologia, idade da paciente e o desejo de engravidar. Este tratamento pode ser clínico, com uso de anti-inflamatório, ou hormonal, à base de progesterona, que podem ser de uso oral, intramuscular, ou de dispositivo intrauterino com levonorgestrel. Além disso, pode-se utilizar remédios chamados de análogos GNRH.

 

No entanto, quando houver falha do tratamento clínico ou então se a paciente tiver sintomas que limitam a qualidade de vida, seja por comprometimento de outros órgãos ou por infertilidade, opta-se por cirurgia. Neste quesito é possível optar por cirurgias convencionais, videolaparoscópicas ou usando a técnica da cirurgia robótica.

 

Diagnóstico de endometriose

 

O diagnóstico, na maioria das vezes (70%), é clínico. Nesse sentido, pode ser descoberto com uma boa anamnese (história da paciente) bem como através do exame clínico específico com exame de toque. Dos exames subsidiários pedidos, os melhores são ultrassom abdominal e endovaginal com preparo de alças intestinais ou ressonância magnética abdominal e pélvica com preparo de alças intestinais. Não há um melhor do que o outro, mas devem ser realizados por médicos experientes nesta doença. Em alguns casos, no entanto, há a necessidade de avaliação também de um cirurgião geral e ou urologista especializados nesta patologia.

 

Pré-operatório

 

Antes de fazer a cirurgia, o médico costuma solicitar exames pré-operatórios e avaliação clínica cardiológica. Além disso, a paciente deverá ficar 48h em uma dieta sem resíduos e manter o controle de doenças como diabetes e hipertensão (caso as tenha).

 

Como a cirurgia de endometriose é feita?

 

O procedimento é feito a fim de retirar os focos da endometriose. De acordo com a gravidade do caso, o médico poderá optar por uma cirurgia conservadora ou definitiva.

 

  • Cirurgia conservadora: busca preservar a fertilidade da mulher, realizada mais frequentemente na idade reprodutiva e nas pacientes que ainda desejam ter filhos. Nesse caso, são removidos os focos da endometriose e aderências;
  • Cirurgia definitiva: é recomendada quando a cirurgia conservadora não é suficiente, muitas vezes sendo necessário retirar o útero e/ou os ovários. Em alguns casos existe a necessidade de cirurgia em outros órgãos, por exemplo, no intestino e na bexiga. No caso do intestino, existem situações de ressecção de parte do órgão pelas técnicas de ressecção por: shaving, discoide ou até por uma resseção segmentar. Na bexiga, por vezes, temos de ressecar uma parte ou até fazer reimplante ureteral. Importante lembrar que, embora raro, em alguns casos pode haver a necessidade de realização de colocação de uma bolsa a saber: colostomia ou ileostomia.

 

As técnicas cirúrgicas são:

 

Cirurgia convencional, videolaparoscopia ou hoje, modernamente, através da técnica de cirurgia robótica.

 

  • A técnica convencional é aquela em que é realizada uma incisão no abdômen, em torno de 14 cm, que pode ser transversal como uma cesárea ou longitudinal, a depender do tipo e tamanho do cisto;
  • O procedimento de videolaparoscopia se inicia com pequenas incisões (3 ou 4) de aproximadamente 1 cm, sendo uma na região umbilical e de fossas ilíacas. Através do corte é inserido um tubo que libera dióxido de carbono na cavidade abdominal, distendendo-a e proporcionando uma melhor visualização do local. Assim, com a cavidade distendida, é inserido o videolaparoscópio que emite imagens em tempo real para um monitor. Desse modo, o médico consegue ter uma visão melhor das estruturas internas para uso dos instrumentos cirúrgicos e remoção total do cisto;
  • O procedimento de cirurgia robótica se inicia como uma videolaparoscopia (4 ou 5incisões de em torno de 1 cm), seguido da colocação dos braços do robô, que será movido e orientado totalmente pelas mãos do cirurgião, que estará sentado num console ao lado da paciente com uma visão 3D e Full HD. Esta técnica permite uma visão perfeita da estrutura a ser operada, com uma precisão maior.

 

Pós-cirurgia

 

Depois de finalizada a cirurgia, são feitas suturas e o fechamento das incisões. A paciente deve permanecer em observação. A videolaparoscopia e a cirurgia robótica permitem uma recuperação rápida, de modo que a alta hospitalar é dada depois de um a dois dias do procedimento. São considerados minimamente invasivo e seguros, de forma que a dor que os desconfortos tendem a desaparecer em até 48h.

 

Além disso, a paciente deve estar atenta a complicações como, por exemplo, febre, dor intensa, ardência ao urinar e vermelhidão no local. Caso apresente estes sintomas, é necessário procurar o médico responsável imediatamente.

 

É importante informar que o tratamento cirúrgico não garante que a mulher não desenvolverá novos focos no futuro, pois é um risco natural existente em toda a idade fértil.

 

Pós-operatório de endometriose

 

Devido à anestesia, a paciente pode precisar ficar internada em observação por, pelo menos, 24h. Em alguns casos, quando houver a necessidade de cirurgia no intestino, deverá ficar internada até por 5 a 7 dias. Desse modo, poderá recuperar-se totalmente do efeito e os médicos avaliarão se ocorreu alguma hemorragia ou qualquer outra anormalidade.

 

A recuperação total pode variar entre 14 dias e um mês. Neste período é recomendado:

  • Fazer repouso em casa;
  • Evitar esforços excessivos, como trabalhar e levantar objetos pesados;
  • Não fazer exercícios físicos;
  • Evitar relações sexuais nas primeiras duas semanas;
  • Ter uma alimentação leve e equilibrada, com ingestão de cerca de 1,5 litro de água por dia;
  • Fazer consultas regulares para avaliar a evolução da cirurgia.
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