A ablação endometrial é um procedimento cirúrgico videohisteroscópico. É recomendado para tratamento do sangramento uterino anormal, que acontece durante a menstruação. Cerca de 15 a 20% das mulheres saudáveis apresentam esse problema, principalmente na fase pré-menopausa.
Sangramento uterino anormal, ou SUA, é uma alteração na quantidade, duração ou frequência do ciclo menstrual. Assim, ele pode ser disfuncional, um estímulo hormonal inadequado sobre o endométrio, ou anormal, de causa orgânica genital.
Esse problema pode ser causado por uma série de fatores como, por exemplo: endometriose; pólipos uterinos; miomas; disfunção do eixo hipotálamo-hipófise-gonada-adrenal; hematogênicos; iatrogênicos; obesidade; tabagismo em excesso; alcoolismo e depressão.
Como a ablação endometrial é feita?
O objetivo da ablação endometrial é, sobretudo, a remoção ou destruição do endométrio em toda a sua espessura e extensão. De fato, é uma eficaz e minimamente invasiva alternativa à histerectomia (retirada do útero), evitando, assim, os efeitos colaterais e riscos potenciais da terapia hormonal.
O procedimento é rápido, simples e seguro, assim como pode ser realizado em qualquer momento do ciclo menstrual. Antes de realizá-lo, as pacientes podem, em alguns casos, tomar um medicamento para afinar o endométrio. Dessa forma, torna o processo mais fácil e reduz a quantidade de sangue perdido durante a operação.
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A cirurgia dura, em média, 1 hora, pode ser com anestesia geral endovenosa (ou melhor sem intubação) e não tem incisões. Então, um histeroscópio é inserido no útero através do colo uterino, permitindo que o médico visualize a região antes de realizar o procedimento. Em seguida, são inseridas sondas que ajudarão a destruir o endométrio por corrente monopolar ou bipolar.
Além disso, existem outros métodos de ablação endometrial que incluem: ablação térmica, que reduz a quantidade de sangramento menstrual em mais de 60% dos casos.
Logo após a cirurgia, a paciente pode sentir desconfortos ou então cólicas uterinas. Caso persistam por mais de 24 horas, o médico poderá prescrever analgésicos para aliviar as dores. Além disso, algumas mulheres também podem apresentar náuseas e vômitos como consequência da anestesia, e um corrimento aquoso por algumas semanas.