A adrenal é uma pequena glândula localizada em cima do rim, responsável por produzir 4 classes de hormônios:
- Cortisol;
- Aldosterona;
- Andrógenos;
- Adrenalina e noradrenalina.
As doenças das adrenais podem ser pela produção excessiva ou então pela falta dos hormônios.
Veja também:
Cortisol
O que é?
Também é conhecido como hormônio do estresse, liberado em situações de perigo, por exemplo. O excesso deste hormônio é conhecido como síndrome de cushing e a falta é chamada de insuficiência adrenal.
Causas
A síndrome de cushing pode ser secundária a um tumor (adenoma) produtor de cortisol ou micro nódulos. Além disso, pode ser secundário ao uso excessivo de cortisol pelas medicações.
Já a insuficiência adrenal acontece quando há ausência do cortisol, hormônio essencial para a vida. A principal causa da falta é justamente por conta do uso abusivo de cortisol, quando a glândula não consegue mais produzir o hormônio por ela mesma (endógeno), por doenças autoimunes ou outras como, por exemplo, a tuberculose.
Sintomas
O excesso de cortisol provoca sintomas como ganho de peso; aumento do depósito de gordura, principalmente, central; estrias violáceas; fraqueza em pernas e braços; assim como hipertensão; face arredondada e diabetes.
A falta do cortisol leva a sintomas inespecíficos como, por exemplo, fraqueza, náusea, vomito, dor abdominal e pressão baixa quando levanta.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por dosagem de hormônios no sangue, na urina e na saliva em várias etapas.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a causa da doença. Portanto, pode ser feito com reposição de corticoide ou, quando síndrome de cushing por adenoma produtor de cortisol, pela retirada do tumor.
Aldosterona
O que é?
A aldosterona é um hormônio produzido na adrenal, responsável por manter a pressão arterial adequada bem como o equilíbrio do sódio e do potássio.
Causas
O hiperaldosteronismo é quando há o aumento da produção de aldosterona pelas adrenais, seja por tumor produtor do hormônio ou então pelo aumento do tamanho das adrenais, levando ao aumento da produção.
Sintomas
O sintoma mais importante da produção excessiva de aldosterona é o aumento da pressão arterial. Além disso, pode ou não ter queda das taxas de potássio.
Quando investigar
- Uso de 3 anti-hipertensivos, sendo um deles diurético;
- Pressão persistente maior que 150 x 100 mmHg, ainda que com uso correto das medicações;
- Hipertensão controlada com uso de 4 drogas de anti-hipertensivos;
- Hipertensão com níveis de potássio baixos;
- Nódulo de adrenal com hipertensão;
- Hipertensão e apneia do sono;
- História familiar de hiperaldosteronismo primário;
- História familiar de hipertensão antes dos 40 anos e AVC precoce (< 40 anos).
Fonte: EndoSociety
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado pela dosagem de hormônios no sangue. Logo após confirmação laboratorial, são realizados exames de imagem em uma segunda etapa da investigação.
Tratamento
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, conforme a causa do hiperaldosteronismo. Procure o endocrinologista para maiores informações.
Andrógenos
O que são?
São os hormônios masculinos produzidos na glândula adrenal. Tanto os homens quanto as mulheres produzem esses hormônios. Entretanto, a diferença é que, na mulher, a produção é 60% na adrenal e 40% dos ovários; já nos homens, a maioria é no testículo.
Causas
As causas do aumento de andrógenos são múltiplas como, por exemplo, a hiperplasia das glândulas adrenais e tumores produtores de andrógenos, bem como o uso abusivo do hormônio.
Sintomas
O excesso de andrógenos leva ao crescimento da pilificação (pelos) em regiões que habitualmente não existiriam, aumento do clitóris, mudança do tom da voz, acne e infertilidade.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela dosagem de hormônios no sangue e, logo após confirmação bioquímica, são realizados exames de imagem.
Tratamento
O tratamento pode ser feito com medicações para diminuir a produção de andrógenos ou com cirurgia para retirada do tumor produtor.
Adrenalina e noradrenalina
Hormônios produzidos na medula adrenal (camada mais interna da adrenal), que é responsável por diversas funções. Dentre elas, o aumento da pressão arterial.
Os tumores produtores de adrenalina e noradrenalina são conhecidos como feocromocitomas.
Os sintomas mais importantes são picos de pressão arterial, palpitação, rosto vermelho, dor de cabeça, tremores de extremidade, tontura e sensação de morte iminente. A dificuldade do diagnóstico existe por ser um tumor raro, que às vezes pode ser confundido com outras doenças como, por exemplo, a síndrome do pânico.
Diagnóstico é feito pela dosagem de hormônios no sangue.
O tratamento consiste na retirada do tumor produtor de adrenalina/noradrenalina.
Fonte: SBEM