Segunda patologia ginecológica mais comum, o câncer de ovário é o desenvolvimento de um tecido doente nos ovários. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais frequente, sobretudo, em mulheres acima dos 50 anos.
Causas do câncer de ovário
As causas do câncer de ovário não são totalmente esclarecidas, entretanto sabe-se que tem início a partir de mutações genéticas que alteram as características das células. Assim, a capacidade de se multiplicarem rapidamente é alterada, bem como de invadirem os tecidos vizinhos, obterem irrigação de vasos sanguíneos e, então, formarem tumores no local ou distante de onde se iniciou.
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Fatores de risco
- Idade: a incidência aumenta conforme a idade avança;
- Fatores reprodutivos e hormonais: o risco é maior em mulheres inférteis e menor nas que tomam contraceptivos orais ou que tiveram filhos. Além disso, a primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) e a menopausa tardia (após os 52 anos) também podem estar associadas ao surgimento do câncer de ovário;
- História familiar: pessoas com histórico familiar de cânceres de ovário, mama ou colorretal também possuem maior risco;
- Fatores genéticos: o risco elevado por estar associado a mutações em genes;
- Obesidade.
Sintomas de câncer de ovário
O câncer de ovário raramente provoca sintomas em estágio inicial. Entretanto, às vezes, pode causar:
- Distúrbios urinários, como a necessidade urgente de urinar ou então urinar com mais frequência do que o habitual;
- Dor abdominal ou na pelve;
- Aumento de volume no abdômen;
- Dificuldade para comer ou sensação rápida de plenitude;
- Fadiga;
- Dor durante o sexo;
- Prisão de ventre;
- Alterações no ciclo menstrual.
Diagnóstico e tratamento
Como em muitos casos a doença não apresenta sinais e sintomas, o diagnóstico pode, sem dúvida, ser mais difícil. Desse modo, em pessoas com manifestações clínicas, a detecção do câncer de ovário é feita por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Já em pacientes sem sintomas, o diagnóstico é feito através de exames de rotina.
A escolha do tratamento varia conforme o estágio da doença, bem como a idade, qualidade de vida, desejo de ter filhos e saúde em geral. As principais alternativas são:
- Cirurgia: nesse método, pode ser realizada a retirada total do útero e colo do útero; remoção de um ovário e uma trompa de Falópio; ou remoção dos ovários e duas trompas de Falópio. Além disso, em casos mais avançados, há a necessidade de retirada dos linfonodos (gânglios) da região inguinal e para-aórtica, bem como a retirada do epiplon, que é a gordura que fica recobrindo o intestino;
- Quimioterapia: utilizada para diminuir o crescimento do tumor ou, eventualmente, destruí-los. Costuma ser recomendado para a maioria dos casos após a cirurgia inicial. Além disso, às vezes é usada para reduzir o câncer antes da operação.