O prolapso da bexiga, também conhecido como cistocele, ocorre quando os músculos e ligamentos do pavimento pélvico não conseguem segurar a bexiga em sua posição anatômica. Dessa forma, ela escorrega, causando dor durante ao urinar e, em alguns casos, pode provocar incontinência urinária ao tossir ou espirrar, por exemplo.
A bexiga, quando está baixa, provoca sinais e sintomas como, por exemplo, protuberância na vagina, sensação de peso, dor ou desconforto na região pélvica, aumento da frequência urinária, entre outros.
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Tratamento de cistocele
O tratamento adequado varia de acordo com o grau de cistocele existente. Podem ser:
- Grau 1 – leve: ocorre uma pequena queda da bexiga na vagina e não há sintomas. Assim, são recomendados exercícios pélvicos e mudança de estilo de vida, com alimentação saudável, perda de peso e sem tabagismo;
- Grau 2 – moderado: quando a bexiga chega até a abertura da vagina. É necessário fazer fisioterapia, exercícios pélvicos e cirurgia;
- Grau 3 – grave: quando a bexiga sai através da vagina. Além disso é recomendada a combinação de fisioterapia, exercícios pélvicos e cirurgia;
- Grau 4 – muito grave: saída completa da bexiga pela vagina. Neste caso, a única opção é a cirurgia.
Fisioterapia
Os exercícios de Kiegel para bexiga baixa são indicados para os casos menos graves, em que a mulher apresenta queda ou músculos pélvicos fracos e poucos sintomas. Por isso, não é indicado fazer cirurgia. Desse modo, devem ser realizados diariamente e são eficientes quando feitos de forma correta.
Para os casos moderados e graves, a fisioterapia é indicada em sessões individuais, de 30 minutos a uma hora, que devem ser realizadas, pelo menos, uma vez por semana. Além de exercícios, a modalidade oferece outros recursos como, por exemplo, o uso de pressário, dispositivo inserido na vagina para ajudar a segurar a bexiga; estimulação elétrica intravaginal ou biofeedback, que ajudam a mulher a ter mais consciência dos seus músculos pélvicos.
Cirurgia
A cirurgia para cistocele é feita para reforçar as estruturas da região pélvica para que a bexiga volte para sua posição normal. Em geral, o médico costuma colocar uma rede que serve de apoio para os órgãos pélvicos. O procedimento pode ser feito através de cirurgia vaginal, por vezes videolaparoscopia e até por laparotomia ou corte abdominal, (este pouco utilizado), feito com anestesia raquianestesia, peridural ou geral.
A operação é de aproximadamente 1 a 2 horas e o tempo de internação costuma ser de 2 a 3 dias. É necessário fazer repouso em casa e evitar esforço durante 30 dias.
