A descarga papilar é considerada uma secreção que sai dos mamilos em um período fora da gestação ou do puerpério. Embora nem todos os casos sejam patológicos, o problema pode indicar a presença de Câncer de Mama. As secreções são o segundo sinal mais comum da doença, atrás somente da detecção de nódulo.
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Causas de descarga papilar
O que mais comumente provoca a descarga papilar é a dilatação de ductos por secreções produzidas pelas próprias mamas. Assim, ao serem comprimidos, os ductos dilatados eliminam um líquido pelo mamilo, normalmente bilateral e de coloração variada.
Além disso, a secreção leitosa (galactorreia) também é comum devido ao aumento nos níveis do hormônio prolactina no sangue, o que estimula maior produção de leite pelas glândulas mamárias. Também pode ocorrer pelo uso de alguns medicamentos antidepressivos ou antieméticos.
Quando deve significar um alerta?
Caso a secreção que sai da mama seja transparente ou parecida com sangue, unilateral, uniductal e espontânea, é importante investigar. Isso porque costuma ser diagnosticado como um tumor benigno dentro de um ducto, mas, em alguns casos, pode ser Câncer de Mama.
Diagnóstico de descarga papilar
O primeiro passo para investigar a descarga papilar é, sem dúvida, obter a história clínica completa do paciente e caracterizar a secreção (em relação a cor, volume, espontaneidade e lateralidade). Além disso, o exame físico também é essencial para identificar a presença de nódulos bem como colher material de derrame papilar.
A partir destes exames, o médico consegue saber se a secreção é fisiológica ou patológica. Em caso de descarga fisiológica, em que os resultados de mamografia e ultrassom são normais, não há necessidade de investigação adicional.
Tratamento
Em geral, o método de tratamento escolhido costuma ser a retirada de ductos da mama. Assim, ao ser identificado e isolado o ducto em que ocorre a secreção, ele é ressecado com uma margem de tecido circunjacente.
No entanto, a técnica mais popular de tratamento para descarga papilar é a retirada dos ductos principais da mama por meio de uma incisão periareolar. Assim, a papila é fixada levemente evertida para que não ocorra retração no período pós-operatório.