O que é diabetes gestacional?
Durante a gestação, o corpo da mulher sofre diversas mudanças para o melhor desenvolvimento do bebê. Nesse sentido, em relação ao açúcar do sangue (glicemia), a placenta produz alguns hormônios que impedem o funcionamento adequado da insulina (resistência insulínica). Então, com o intuito de compensar este efeito, o pâncreas passa a produzir uma quantidade maior deste hormônio a fim de ter o mesmo efeito.
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Assim, no diabetes com diagnóstico na gestação, a mãe não consegue produzir quantidades suficientes de insulina. Desse modo há um aumento da glicemia e possíveis complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Por exemplo, macrossomia, diminuição do líquido amniótico, traumatismo do parto e hipoglicemia neonatal.
Diagnóstico de diabetes gestacional
- Dosagem de glicemia de jejum na primeira consulta com ginecologista:
- ≥ 92mg/dl: diagnóstico de diabetes gestacional;
- ≥ 126mg/dl ou hemoglobina glicada maior que 6,5%: diagnóstico de diabetes prévio à gestação.
- Dosagem de curva glicêmica com 24-28 semanas de gestação:
- Glicemia de jejum ≥ 92mg/dl;
- 60 minutos ≥ 180mg/dl;
- 120 minutos ≥ 153mg/dl.
Fatores de risco
- Idade materna avançada;
- Ganho de peso excessivo durante a gestação;
- Sobrepeso ou então obesidade;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;
- Histórico familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos);
- História de diabetes gestacional na mãe da gestante;
- Hipertensão arterial na gestação;
- Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).
Tratamento de diabetes gestacional
O tratamento do diabetes gestacional, assim como do diabetes tipo 2, é, principalmente, a mudança do estilo de vida com uma dieta balanceada, adequada a esse período tão importante para a mãe e o bebê.
No entanto, caso o controle não consiga ser adequado, associamos a insulinoterapia, já que não possui contraindicação na gestação.
Além disso, é importante ressaltar que, com o controle adequado do diabetes, a maioria dos casos não traz nenhuma complicação tanto para a mãe quanto para o bebê.
Logo após 6 semanas do parto, a mãe deverá repetir a curva glicêmica para avaliação da necessidade do uso de antidiabéticos orais.
Vamos lembrar que o aleitamento materno é, sem dúvida, um fator protetor para a mãe no desenvolvimento do diabetes no futuro.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes