O diabetes é uma doença autoimune na qual o próprio corpo destrói as células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina. Então, este hormônio tem a função de facilitar a entrada de glicose nas células, convertendo-a em energia.
O diabetes do tipo 1 acomete, em sua maioria, jovens. Entretanto, alguns adultos também podem apresentar esse quadro. O início da patologia é abrupto, por isso podem ou não estar presentes sintomas como, por exemplo, aumento do volume urinário, perda de peso, sede excessiva, boca seca.
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Diagnóstico
O diagnóstico do diabetes é feito pela dosagem dos seguintes parâmetros no sangue:
- Dosagem de hemoglobina glicada ≥ 6,5%;
- Dosagem de glicemia de jejum ≥ 126mg/dl;
- Curva glicêmica com glicemia no tempo 120min ≥ 200mg/dl;
- Dosagem de glicemia aleatória ≥ 200mg/dl com sintomas.
Tratamento do diabetes
O tratamento dos pacientes com diabetes tipo 1 consiste no uso de insulina. Atualmente existem vários tipos de insulina, sempre buscando, de fato, a melhor comodidade bem como a segurança do paciente para evitar a hipoglicemia (principal efeito colateral do uso da mesma).
Existem as insulinas rápidas, como Lispro, Aspart, Glulisina; ultrarrápidas, como a Faster Aspart (já disponível na Europa); e as lentas como, por exemplo, Glargina, glargina U300, degludeca e detemir.
Além disso, foi recentemente aprovada pela ANVISA a insulina inalável de ação rápida, a Afrezza®. Ela está indicada, portanto, para pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2. Entretanto é contraindicada nos indivíduos menores de 18 anos, gestantes, tabagistas ou com alguma doença crônica dos pulmões como, por exemplo, asma e DPOC. Assim, antes do início do uso é necessário fazer espirometria para avaliar a capacidade funcional, repetir após 6 meses e, em seguida, anualmente.
O padrão ouro para o tratamento do diabetes tipo 1 é através do sistema de infusão contínua de insulina (SICI), mais conhecida como bomba de insulina. Dessa forma, evita-se a variabilidade glicêmica e hipoglicemias.
No diabetes tipo 1, assim como no diabetes tipo 2 em uso de insulina, é de extrema importância a monitorização da glicemia, seja pela forma de glicemia capilar ou então pelo monitoramento contínuo através dos sensores de glicemia intersticial.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes