A gravidez gemelar é quando existe mais de um feto. Gemelaridade pode acontecer porque o embrião se partiu, gerando gêmeos idênticos, ou no caso em que a mulher ovulou mais de um óvulo que foram fecundados por espermatozoides distintos, o que gera bebês diferentes.
Qual a probabilidade?
A incidência da gemelaridade de acordo com a população. No Brasil, por exemplo, a gestação de gêmeos bivitelinos (não-idênticos) é de cerca de 10 a cada mil casos. Já no caso de gêmeos univitelinos (idênticos), o número chega a 3 casos a cada mil.
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Se a família tem histórico de gestações de gêmeos, sobretudo do lado materno, a probabilidade de ter gemelaridade é maior. Além disso, mulheres com idade materna mais avançada, após os 35 anos, tendem a liberar mais óvulos por ciclo. Portanto, também têm mais chances de ter uma gravidez múltipla.
Os tratamentos de reprodução assistida também oferecem riscos de gemelaridade. No caso da inseminação artificial, por exemplo, a probabilidade aumenta em 20 a 30%. Já na fertilização in vitro, a gestação gemelar está relacionada à quantidade de embriões transferidos para o útero.
Tipos de gemelaridade
- Gêmeos bivitelinos ou dizigóticos
São os gêmeos não-idênticos, formados pela fecundação de dois óvulos por dois espermatozoides. Os bebês podem ou não ter o mesmo sexo e equivalem a duas gestações desenvolvidas simultaneamente no mesmo ambiente. Os bivitelinos ficam em duas bolsas amnióticas e duas placentas separadas.
- Gêmeos univitelinos ou monozigóticos
São gêmeos idênticos que se formam quando um único óvulo é fecundado por um espermatozoide e, posteriormente, se divide. Nesse caso, os bebês possuem o mesmo DNA e têm, por consequência, a mesma carga genética e sexo igual. No entanto, ainda assim, não têm a mesma impressão digital.
Sintomas de gemelaridade
Na gravidez gemelar, os sintomas costumam ser mais intensos do que na gestação normal. Isso porque o corpo foi feito para gerar apenas um bebê por vez, portanto, nesses casos, acaba sobrecarregando o organismo. Assim, há um aumento de hormônios, de peso, distribuição de nutrientes e fluxo de sangue, por exemplo, em dobro.
Cuidados
Com o organismo sobrecarregado, a gemelaridade exige ainda mais cuidados para preservar a saúde da mãe e dos bebês. Os principais são:
- Pré-natal: é a melhor forma de controlar os riscos que uma gravidez gemelar apresenta. O pré-natal precisa ser cuidadoso, principalmente se os gêmeos forem univitelinos (compartilhando uma única placenta). Assim, o monitoramento deverá ser mais frequente, com maior número de consultas. Além disso, o obstetra deverá solicitar mais exames para acompanhar o desenvolvimento dos bebês;
- Alimentação saudável: ter uma alimentação balanceada é essencial numa gravidez de gêmeos. É preciso comer bem, e não em excesso, para que os bebês recebam os nutrientes necessários. O obstetra deve orientar a mulher quanto à quantidade de calorias que precisa ser ingerida, os intervalos das refeições e os nutrientes que devem ser consumidos. Além disso, também é importante para evitar ganho excessivo de peso bem como doenças relacionadas, como diabetes gestacional;
- Descanso: com fadiga, cansaço, sonolência e dificuldade para dormir com maior intensidade, a gestante tem necessidade de descansar bem. Por isso é indicado simplificar a rotina, contando com a ajuda da família;
- Atividades físicas moderadas: exercícios são excelentes para fortalecer a musculatura e diminuir os desconfortos durante a gravidez. No entanto é preciso tomar cuidado em relação à intensidade das atividades, que devem ser orientadas por profissionais. Nesse sentido, costumam ser recomendados exercícios que relaxam e diminuam a ansiedade como, por exemplo, yoga, caminhadas e hidroginástica;
- Parto prematuro: a maioria das gestantes gemelares costumam dar à luz antes da 40ª semana, por isso não há motivo para preocupação, desde que tenha passado das 34 semanas.
