As malformações uterinas são anomalias do útero que se desenvolvem durante a vida embrionária. São casos raros, que afetam menos de 5% das mulheres. Essa condição pode ter causa genética, que é esporádica ou hereditária, e pode estar associada a outras malformações. Em outros casos, podem ter origem em um problema sofrido pela mãe na gravidez como, por exemplo, uma doença infecciosa, intoxicação ou consumo de determinados medicamentos.
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Tipos de malformações uterinas
- Útero bicorno: é uma alteração comum quando o útero, ao invés de ter sua aparência normal, se assemelha a um coração com um recorte na parte superior, o corpo do útero não se desenvolve corretamente e se divide em dois;
- Útero unicorno: é um tipo raro, em que o órgão tem metade do corpo uterino normal. Na maioria dos casos, a mulher possui dois ovários, mas, neste, só há uma trompa uterina;
- Útero duplo ou didelfo: quando há dois colos uterinos terminando na mesma vagina, caso mais comum, ou duplicidade vaginal com cada colo desembocando em uma diferente, um caso mais raro;
- Útero septado: em que a cavidade interna do útero é dividida por uma parede longitudinal, chamada septo. Este pode ir até a metade do caminho ou chegar até o colo do útero;
- Útero retrovertido: neste caso, não se trata de uma anomalia de forma, mas de posicionamento. Desse modo, o útero fica na posição retroversa (inclinado para trás).
Consequências
As consequências mais significativas das malformações uterinas são relacionadas à fertilidade e gravidez, pois torna esse processo mais difícil. Principalmente no caso de útero unicorno, que apresenta um risco maior de ter complicações durante a gestação ou no parto.
Diagnóstico
Essas malformações começam na infância, mas só se desenvolvem na vida adulta. É nessa época que surgem problemas menstruais ou nas relações sexuais. O médico, então, deve solicitar uma série de exames para identificar o tipo de anomalia como, por exemplo, histerossalpingografia, ultrassonografia, vídeo histeroscopia, ou vídeo laparoscopia.
Tratamento de malformações
Só existem tratamentos cirúrgicos para as malformações, mas depende da anomalia e da história reprodutiva da mulher. Por exemplo, se um útero septado é diagnosticado durante uma avaliação de infertilidade e ou perda de gravidez, a cirurgia é recomendada, mas não obrigatória. Mas, se o útero é bicorno, às vezes pode requerer tratamento cirúrgico.