Ooforectomia é o procedimento que se caracteriza pela retirada de um ou ambos os ovários. É indicado em casos das seguintes doenças de ovário:
- Abcesso;
- Câncer;
- Endometriose;
- Cistos ou tumores;
- Torção.
Além disso, em alguns casos em que há sinais ou probabilidade de desenvolvimento de câncer, a retirada dos ovários é indicada. Dessa forma, previne o surgimento, principalmente, em mulheres que têm casos similares na família ou então com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2.
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Os ovários são órgãos “tumorigênicos”, ou seja, podem desenvolver tumores com maior frequência que outros. Nesse sentido, a explicação é que, praticamente, em todos os ciclos cresce uma espécie de cisto, com líquido rico em estrogênio, no qual se desenvolve o óvulo. Assim, este é liberado quando o folículo se rompe, em um processo chamado ovulação.
Às vezes, a ruptura não ocorre e o folículo pode crescer. Desse modo, pode alcançar grandes dimensões. O resultado são tumores císticos foliculares que, na maioria das vezes, são benignos. No entanto, caso não desapareçam em um ou dois ciclos menstruais, precisam ser investigados e a ooforectomia pode ser necessária.
Consequências da Ooforectomia
A retirada dos ovários traz consigo o surgimento da menopausa antecipada, deixando a mulher sem possibilidades de engravidar naturalmente, pois não há mais produção de óvulos.
Os hormônios ovarianos também deixam de ser produzidos, aumentando o risco de desenvolvimento da osteoporose ou problemas cardíacos.
Pode ser realizada de duas maneiras:
- Laparoscopia: são feitas pequenas incisões na região do abdômen a fim de dar acesso ao interior. Dura, em média, 50 minutos, tem recuperação mais tranquila e rápida. Após duas semanas, a paciente já pode retornar às suas atividades normalmente;
- Laparotômica: incisão maior, abrindo várias camadas de tecido até alcançar os ovários. O procedimento dura cerca de 1 hora e meia. Além dos ovários, caso o útero esteja afetado é possível retirá-lo. A recuperação dura cerca de 30 dias.