Assim como em todas as áreas, a tecnologia é um tema frequente quando relacionada ao diabetes. Desse modo, com desenvolvimento de novas medicações, insulinas, sensores de glicemia e bombas de insulina, é um assunto bem leve e interessante de ser escrito.
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Insulinas
A insulina regular foi descoberta em 1926 por Hagerdorn e Korgh e, em 1936, a insulina NPH. Assim, as insulinas humanas, como são chamadas (NPH e Regular), ainda são extensamente utilizadas. No entanto, apenas em 1996 as insulinas análogas foram desenvolvidas.
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- Insulinas análogas:
- Lenta: Glargina, Detemir e Degludeca, e Glargina U300;
- Rápida: Lispro, Aspart e Glulisina;
- Ultra-rápidas: Faster aspart.
- Insulinas análogas:
Diferentemente das insulinas humanas, as análogas conferem uma maior comodidade para o paciente (pelo menor número de aplicações de insulina ao dia). Além disso, as insulinas rápidas mostraram uma menor quantidade de hipoglicemia noturna.
Em 2015, foi lançado nos Estados Unidos a tecnologia de insulina inalável de ação rápida, com pico de ação em 15 minutos. Entretanto, existem poucas doses ainda disponíveis 4,8 e 12UI. Além disso, ela é aprovada para uso em pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2. No entanto é contraindicada em menores de 18 anos, gestantes, bem como paciente com asma ou DPOC, e tabagistas.
Sensores de glicemia
A tecnologia de sensores de glicemia intersticial foi desenvolvida, de fato, para a melhor comodidade do paciente, evitando que ele tenha que “furar o dedo” toda vez que iria aplicar a insulina.
Existem, atualmente no Brasil, dois tipos de sensores de glicemia: o sensor contínuo e o sensor flash. Os sensores contínuos necessitam calibrar com a glicemia capilar (coletada de forma tradicional) três vezes ao dia. Entretanto, o sistema de monitorização flash, no Brasil disponível apenas o Freestyle libre®, não necessita de calibração, mas, para ver a glicemia, precisa escanear o sensor, seja com o leitor ou com o celular. Dessa forma, tem um menor custo e uma duração de 14 dias.
Bomba de insulina
As bombas são sistemas de infusões contínuas de insulina, capazes de liberar pequenas doses do hormônio, diminuindo assim a variabilidade glicêmica e menor risco de hipoglicemia. É o padrão ouro no tratamento do diabetes tipo 1.
No Brasil temos disponível a bomba de insulina da Roche®, Accu-chek Smart Combo® e as bombas da Medtronic® Veo® e 640G®.
A bomba da Roche® acompanha um controle remoto com calculadora automática de bolus. Por ter um controle remoto, traz uma praticidade às mães para administrarem o bolus de insulina na criança e também é mais discreto para a aplicação da dose.
As bombas de insulina da Medtronic® são acopladas com sensores de glicemia contínuos. A Medtronic® 640G é acoplada com o sistema Smart Guard®, no qual faz a parada da infusão de glicemia na previsão de hipoglicemia.
Foi lançado, recentemente, nos Estados Unidos a bomba de insulina Medtronic® 670G, também conectada com sensor de glicemia contínuo capaz de liberar insulina conforme a leitura do sensor, em um sistema chamado “time-loop”.